Abstract:
|
O míldio, causado por Plasmopara viticola, é a principal doença fúngica da videira no Sul do Brasil, podendo comprometer tanto a quantidade como a qualidade da uva produzida. Perdas econômicas poderão ocorrer caso medidas de controle não sejam adotadas adequadamente. O controle químico é uma das práticas importantes no manejo da doença principalmente em regiões de alta umidade do ar e temperaturas favoráveis ao patógeno. O controle é realizado à base de fungicidas que, além de aumentar os custos de produção, podem contaminar o ambiente e causar danos à saúde do homem, quando não utilizados corretamente. São encontrados no mercado produtos que estimulam a planta a produzir substâncias de autodefesa. Nessa linha de produtos alternativos que ajudam a estimular a planta a formar substâncias naturais de autodefesa, protegendo-a do ataque de fungos. O objetivo desta pesquisa foi realizar a campo um teste para avaliar a eficiência dos produtos alternativos comparado ao tratamento convencional padrão, no controle de míldio em cultivar de uva vinífera. O experimento foi em cultivar de Isabel, com idade de 25 anos conduzida no sistema latada. Os tratamentos foram aplicados com o pulverizador da marca Agriperin, com capacidade de 300L. A avaliação da eficiência dos produtos alternativos e do convencional, foram divididas em duas áreas, a primeira área é de 0,30 ha, onde foi realizado o tratamento convencional com princípio ativo como: tiofanato metílico, hidróxido de cobre, mancozebe, ditianona. Na segunda área apresenta 0,15 ha, onde foram realizados o tratamento alternativo, com princípios ativos como: Melaleuca alternifolia, hidróxido de cobre, Trichoderma harzianum/Trichoderma asperellum/Bacillus amyloliquefaciens. Foram realizadas treze aplicações na área com produtos convencionais e doze aplicações com produtos alternativos. Após uma comparação, não foram observadas diferenças da ocorrência de míldio nas áreas estudadas (não foi observada ocorrência nas plantas monitoradas), tanto no tratamento convencional quanto no alternativo. Não havendo distinção entre os tratamentos, os produtos alternativos e os que são permitidos em produção orgânica podem ser uma alternativa para o manejo integrado/orgânico dessa doença, promovendo a sustentabilidade da viticultura. |