Abstract:
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No início de 2020, o mundo deparou-se com a necessidade de rever a forma de prestação de trabalho, diante da pandemia de coronavírus que trouxe a necessidade imediata de isolamento social, com a finalidade de evitar o contágio, aumentando sobremaneira o número de trabalhadores na modalidade de trabalho home office. Este estudo teve como objetivo investigar quais foram as implicações da adoção do home office quanto ao bem-estar subjetivo e rendimento dos advogados visando a tomada de decisões estratégicas com relação à gestão de pessoas. O estudo teve caráter quantitativo, exploratório, com coleta de dados a partir de questionários com perguntas estruturadas direcionadas aos advogados inscritos na OAB/RS que trabalharam em home office durante a pandemia de coronavírus. O estudo tinha possibilidade de abrangência de 99.372 advogados inscritos na OAB/RS, sendo que a pesquisa foi respondida por 68 advogados(as) sendo divulgada em redes sociais e por e-mail. O questionário apresentava uma escala de Likert, usada para medir atitudes ou opiniões dos participantes em relação a determinadas afirmações. As perguntas foram feitas de modo a revelar a autopercepção sobre o próprio bem-estar dos advogados participantes que experimentaram o home office. Os dados foram tratados utilizando-se estatística descritiva, a partir de planilha eletrônica. A pesquisa levou à conclusão de que a falta de interação física não afetou negativamente os advogados submetidos ao home office e que os submetidos experimentaram mais afetos positivos do que negativos, principalmente quanto à conciliação do trabalho remunerado com o trabalho doméstico, o que gerou mais qualidade de vida aos advogados. |