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O ensino de História na educação básica não contempla todas as experiências humanas. Com isso, neste artigo pretendo discutir as possibilidades de diálogo entre as
narrativas históricas produzidas no centro, contempladas nos livros didáticos, com aquelas produzidas na margem, representadas pelas narrativas de sambas-enredo
apresentados pela escola de samba São Clemente, do Rio de Janeiro. Para isso foram analisados seis enredos produzidos pela entidade para os carnavais de 1984, 1985, 1986, 1987, 1990 e 1992, bem como a repercussão deles na imprensa jornalística. As narrativas produzidas pela agremiação foram colocadas em diálogo com as apresentadas por sete coleções didáticas aprovadas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2020. Nessas obras foram observados os conteúdos abordados a partir da unidade temática “Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946” indicada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o nono ano do ensino fundamental. A partir disso, foi possível perceber que o diálogo entre as produções pode auxiliar na busca pela inteireza no ensino de História, afastando o perigo de uma história única, possibilitando na construção de uma comunidade de aprendizagem. |
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