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A manihot sculenta, conhecida como mandioca, é uma planta cultivada em praticamente toda a américa, desde os Estados Unidos até a Argentina, tendo diversas denominações mesmo aqui no Brasil, como aipim e macaxeira. Considerando que a Região Sul é responsável por grande parte da fécula produzida no país, é natural a busca por um encaminhamento correto dos resíduos industriais de tal produção, e o bagaço da mandioca desperta interesse, uma vez que se encaminhamento comum é o trato de animais e adubamento, porém, em excesso, isso pode ser prejudicial aos animais e ao solo. Uma possibilidade de aplicação é o seu uso em materiais compósitos, e diversos trabalhos reportam o uso de matriz polimérica reforçada por cargas particuladas, geralmente com variações ou incrementos à carga de carbonato de cálcio. Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo a obtenção e caracterização de compósito de resina poliéster contendo bagaço de mandioca e os resultados foram comparados com compósitos produzidos com carbonato de cálcio, que é uma carga tradicional usada na indústria. O bagaço foi desidratado e moído, e foi caracterizado através da análise termogravimétrica, apresentando resultados semelhantes aos encontrados na literatura. O compósito foi obtido através da técnica de casting, com teores de 9,1% e 16,6% em massa. As análises de caracterização do compósito obtido foram de ensaios de viscosidade, tempo de gel, densidade, absorção de água e de flexão. O teste de viscosidade demonstrou que a incorporação de bagaço de mandioca aumenta a viscosidade, bem como a densidade e absorção de água do compósito. Já o tempo de gel permaneceu estável em relação à matriz poliéster, e superior ao do poliéster contendo carbonato de cálcio. Já a resistência à flexão e o módulo de elasticidade demonstraram resultados inferiores aos da matriz poliéster com carbonato de cálcio. Desta forma, o bagaço de mandioca se apresenta como potencial carga para ser usada em matriz poliéster. |
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