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Buscando aumentar o rendimento da cultura da soja, o melhoramento genético vem alterando
as características morfofisiológicas das plantas, como a eficiência fotossintética. Atualmente,
os cultivares são mais produtivos e possuem menor índice de área foliar, de modo que, danos
ao dossel necessitam ter seus efeitos melhor elucidados. Nesse contexto, este trabalho objetiva
avaliar os componentes de rendimento de cinco cultivares de soja, quando submetidos à
desfolha com intensidades de 0%, 16,6%, 33,3%, 50% e 66,6%, nos estádios fenológicos V4 e
R2. O primeiro nível de desfolha representa a testemunha, o segundo e terceiro correspondem
ao nível de dano econômico (NDE) das fases reprodutiva e vegetativa, respectivamente,
proposto pela Embrapa (2010), e os demais, acima do NDE em qualquer estádio. O trabalho foi
realizado na safra 2020/21, na área agrícola do IFRS Campus Ibirubá. As desfolhas foram
realizadas de maneira artificial, de acordo com esquemas de corte propostos por Dalmolin et al.
(2019), com auxílio de tesoura. Foram realizadas avaliações nas plantas em situação à campo
(IAF e contabilização de sucessão de estádios fenológicos) e após a colheita, sendo essas
últimas referentes ao rendimento e seus componentes (contagem de nós e legumes na haste
principal e ramificações; peso de mil grãos (PMG); altura da planta e de inserção do primeiro
legume, diâmetro da haste principal; distância do entrenó; número de legumes por nó e totais
por planta; número de grãos por legume e por planta; rendimento de grãos e biológico; e índice
de colheita). Os resultados foram submetidos ao teste F (p<0,05) e, havendo significância,
comparados pelo teste de Tukey (p<0,05) ou submetidos à análise de regressão (p<0,05).
Observa-se, principalmente, diferença entre os cultivares, de acordo com seu grupo de
maturação e morfologia. Em relação à desfolha, em média, o nível tolerado foi de 50%, sendo
que houve uma diferenciação quando separados em estádios fenológicos, em que V4 tolera-se
desfolha até 70% e R2, até 30%. Salienta-se que, juntamente com o rendimento, houve
decréscimo do PMG, que chegou, em média, a 11,5 g no maior percentual de desfolha (66,6%),
além da redução significativa do número de legumes da haste principal, equivalente ao
decréscimo de 0,9 legume a cada 10% do aumento da desfolha, quando os cultivares foram
desfolhados em R2. Os resultados, portanto, podem proporcionar conhecimento sobre o assunto
aos produtores rurais e fomentar práticas de manejo nas lavouras regionais. |
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